fbpx

Mieloencefalite Protozoária Equina (EPM): o que é e como identificar  

Feito com amor para quem ama animais.

A Mieloencefalite Protozoária Equina (EPM), mais conhecida como Bambeira equina, é uma grave doença neurológica causada pelo Sarcocystis neurona, um protozoário transmitido aos equinos pelas fezes do gambá (Didelphis virginiana e o Didelphis albiventris), que podem estar presentes no feno, na ração, água ou até mesmo na pastagem natural. Ele chega ao sistema nervoso central dos equinos através da corrente sanguínea, provocando fraqueza muscular, perda de equilíbrio, perda de mobilidade, dentre outros problemas. 

Os sinais clínicos de EPM são extremamente variáveis, dependendo da localização do Sarcocystis neurona no SNC, bem como da gravidade de lesões provocadas pelo parasita e danos secundários provocados pela resposta inflamatória. As manifestações podem levar o cavalo a apresentar fraqueza, tropeçar no solo ou em objetos, arrastar as pinças no solo, apresentar espasticidade em um ou mais membros e incordenação motora.  

Outros sintomas estão relacionados as alterações encefálicas, os quais afetam o núcleo dos nervos cranianos. As principais anormalidades relacionadas aos nervos cranianos são a paralisia do nervo facial, ataxia vestibular, desvio de cabeça, atrofia de masseter, atrofia e ou paralisia de língua, perda da sensibilidade na córnea e nas narinas, disfagia e balançar compulsivo da cabeça, andar em círculos, decúbito agudo, pressionar a cabeça contra obstáculos e convulsões. 

Para a confirmação do diagnóstico de EPM é feita a colheita de LCR e pesquisa de anticorpos contra S. neurona, sendo realizada no espaço atlantooccipital e lombroso, referindo-se ao último mais utilizado para colheita do LCR. 

Após a confirmação do diagnóstico, o tratamento é feito com administração de antimicrobianos que atuem diretamente sobre o parasita. A terapia envolve a utilização de inibiodores da enzima dihidrofolatoresutase, com sulfonamidas e pirimetamina. A suplementação com vitamina E pode ser útil no tratamento, já que possui atividade antioxidante que resulta em propriedades anti-inflamatórias quando em altas concentrações no sistema nervoso central. Além disso, como medida de caráter geral, manter o cavalo alojado em baia ampla, arejada e com cama alta, vez que, alguns animais podem adotar o decúbito lateral.  

O prognóstico é reservado. A sobrevivência dos animais acometidos depende da severidade das lesões, posto que indivíduos com sinais clínicos moderados ou severos têm maior probabilidade de entrar em decúbito permanente, havendo necessidade da eutanásia.  

No que diz respeito a profilaxia, é necessário evitar o acesso dos gambás às cocheiras e estábulos, medidas de higiene em depósito de rações, cochos e bebedouros são fundamentais, uma vez que a ingestão de fezes do gambá são a principal forma de transmissão da doença.

home-instrumentos
Um novo olhar para a saúde animal
Com você, faremos essa transformação!